INDIVÍDUO COM LGMD: Melanie

LGMD "Entrevista em destaque"

NOME: Melanie   IDADE: 33LGMD2B - Melanie
PAÍS: EUA
LGMD Sub-tipo: LGMD2b (Disferlinopatia/miopatia de Miyoshi)
 
COM QUE IDADE FOI DIAGNOSTICADO:
Foi-me diagnosticado uma semana antes do meu 29º aniversário.
 
QUAIS FORAM OS SEUS PRIMEIROS SINTOMAS:
Não conseguia levantar-me sobre os dedos dos pés, tinha dedos em martelo (deformidade do pé) e estava sempre a sentir dores e cansaço.
 
TEM OUTROS FAMILIARES QUE SOFREM DE LGMD:
Não, nem um!
 
O QUE É QUE CONSIDERA SER O MAIOR DESAFIO DE VIVER COM LGMD:
Perder a capacidade de realizar tarefas e actividades quotidianas tornou a vida bastante difícil. É preciso planear tudo com antecedência. Também se torna difícil quando as pessoas não compreendem este facto. Quando não parece estar doente, as pessoas não levam as suas necessidades a sério.
 
QUAL É A SUA MAIOR REALIZAÇÃO:
Obter o meu mestrado e conseguir um ótimo emprego no Governo Federal (estando doente todos os dias).
 
COMO É QUE A LGMD O INFLUENCIOU A TORNAR-SE A PESSOA QUE É HOJE?
Quando me foi diagnosticado pela primeira vez, senti-me desamparada e sozinha. Não conhecia mais nenhuma pessoa com esta forma de DM e estava assustada. Em vez de ficar amuada ou deixar que isso me deprimisse, pensei "porque não sair e fazer alguma coisa?". Por isso, comecei a investigar a MDA e a forma de angariar fundos. Criei uma equipa MDA Muscle Walk e, desde então, todos os anos tenho feito uma. Depois decidi que iria fazer tudo o que pudesse enquanto ainda pudesse (uma vez que estou a perder a capacidade de andar). E foi o que fiz. Viajei por todo o lado e para alguns sítios sozinha. Até fiz sky diving. Penso que este diagnóstico fez de mim uma pessoa ainda mais positiva. Tornou-me certamente uma pessoa ainda mais forte. Muitas das experiências que tive nos últimos 4 anos são o resultado direto de eu ter enfrentado a LGMD e ter provado que as probabilidades estavam erradas.
 
O QUE É QUE QUER QUE O MUNDO SAIBA SOBRE A LGMD:
Em primeiro lugar, a doença não nos define. Somos quem somos e só por acaso temos esta doença terrível. Em segundo lugar, só porque temos bom aspeto, não significa que nos sintamos bem. Terceiro, a distrofia muscular não é esclerose múltipla.
 
SE A SUA LGMD PUDESSE SER "CURADA" AMANHÃ, QUAL SERIA A PRIMEIRA COISA QUE FARIA.
Dançar como eu costumava fazer! Depois fazer caminhadas em todos os Parques Nacionais e tirar muitas fotografias fantásticas. Depois, correr uma maratona ou fazer uma corrida de obstáculos.
 
 
Para ler mais "LGMD Spotlight Interviews" ou para se voluntariar para ser apresentado numa próxima entrevista, visite o nosso site em: https://www.lgmd-info.org/spotlight-interviews